Primeiros exames não indicam coronavírus em navio na Itália
ROMA, 30 JAN (ANSA) – Os primeiros exames feitos na turista chinesa mantida em isolamento em um navio da Costa Cruzeiros em Civitavecchia, a 80 quilômetros de Roma, capital da Itália, não indicam contaminação pelo novo coronavírus (2019-nCoV).
Segundo a agência AdnKronos, que cita “fontes qualificadas”, os resultados das análises são “tranquilizantes”. A turista é proveniente de Hong Kong, na China, e apresentou febre e problemas respiratórios, sintomas compatíveis com o coronavírus.
Seu marido, que a acompanha na viagem, também foi colocado em isolamento, mas por precaução. Os exames foram feitos por especialistas do Instituto Lazzaro Spallanzani, hospital de Roma que é referência em doenças contagiosas.
O casal chinês chegou em Milão no dia 25 de janeiro e embarcou no Costa Smeralda em Savona, no noroeste da Itália. O navio também passou por Marselha, na França, e Barcelona e Palma de Mallorca, na Espanha, antes de atracar em Civitavecchia.
Por conta da suspeita de contaminação pelo 2019-nCoV, cerca de 7 mil pessoas – entre passageiros e tripulantes – estão bloqueadas no transatlântico. “Não temos informações, a internet não funciona no navio. Comemos todos juntos nas áreas comuns, e não sabemos se alguém foi infectado. As televisões só passam propaganda, mas queremos ver os jornais e entender o que está acontecendo”, disse o passageiro Liborio Iervolino.
Ainda não se sabe quando os passageiros do Costa Smeralda poderão desembarcar do navio. Cerca de 1,1 mil pessoas que encerram a viagem em Civitavecchia haviam sido autorizadas a descer, mas o prefeito Ernesto Tedesco bloqueou o desembarque enquanto não saírem os resultados definitivos dos exames.
A epidemia do novo coronavírus, que teve início em Wuhan, no centro da China, já contaminou cerca de 7,8 mil indivíduos e matou pelo menos 170.
O 2019-nCoV é similar ao coronavírus da Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars), doença que matou quase 800 pessoas no início do milênio, e provoca febre, tosse e dificuldades para respirar.
(ANSA)