Estado realiza estudo para prevenção de acidentes em rodovias
Iniciado em outubro de 2019, a análise e classificação de rodovias estaduais por risco de acidentes vai permitir uma mudança na gestão da segurança das vias pelo Governo do Tocantins, por meio da Agência Tocantinense de Transportes e Obras (Ageto). De medidas corretivas, ou seja, de gerenciamento de vias com alto índice de acidentes, o Estado passará a ações preventivas, que evitem a ocorrência de acidentes.
“Atualmente, o planejamento para redução de acidentes nas rodovias trabalha com dados de ocorrências registradas nas vias estaduais. Então, buscamos a solução para problemas identificados”, explica o técnico da Diretoria de Engenharia de Tráfego e Segurança Rodoviária da Ageto, Gabriel Martins. Ele frisa ainda que os dados levantados não são georreferenciados, o que dificulta saber o local exato das ocorrências.
Este cenário deve mudar com o levantamento dos pontos críticos e de alto risco de acidentes usando a metodologia do Programa Internacional de Avaliação de Rodovias (iRAP). “É uma metodologia internacional, utilizada em diversos países, que visa classificar as rodovias do Estado de acordo com o risco de acidente”, destaca Gabriel Martins.
A metodologia consiste em gerar imagens de cada 100 metros da via com o georreferenciamento, fazer a codificação dos atributos junto com outros dados disponíveis como o número de acidentes, o volume de tráfego e a velocidade, e, depois, a classificação das vias por estrela. A classificação será dividida por motorista, pedestre e ciclista e será dada de uma a cinco estrelas, sendo uma a pior e cinco a melhor. Todas as rodovias pavimentadas vão ser classificadas de 1 a 5.
O estudo envolve ainda a elaboração de um plano de investimento com sugestões de ações para a prevenção de acidentes, que vão desde o redesenho do traçado de um trecho da via a indicação de sinalização para a segurança viária.
A entrega do relatório final está prevista para fevereiro deste ano. “Com esse relatório o Governo vai poder identificar quais trechos e ações serão necessárias na prevenção de acidentes. O que vai resultar em mais eficiência no uso do recurso público e em mais segurança no trânsito, isto é, menos acidentes e mortes”, reforça a secretária da Infraestrutura, Cidades e Habitação, Juliana Passarin.