GOVERNOS MAURO CARLESSE E CINTHIA RIBEIRO: SOMENTE DUAS “ARQUIBANCADAS”

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“Aos amigos os favores, aos adversários o rigor da lei”.  Assim eram os saudosos Pedro Ludovico e Antônio Carlos Magalhães e assim poderá ser o Tocantins e Palmas com Mauro Carlesse e Cinthia Ribeiro

Por Edson Rodrigues

 

Apesar de ter pela frente mais três anos de mandato, Carlesse sabe que, caso queira continuar na vida pública terá que, já neste ano de 2020, com as eleições municipais, construir um alicerce forte, uma boa base política para, em 2022, ser o candidato à única vaga de senador a ser disputada nas eleições majoritárias.

 

Para conseguir esse intento, Carlesse não poderá se fiar apenas em obras, precisa construir um grupo de políticos com mandatos nos 17 principais colégios eleitorais do Tocantins, além de Palmas, que é o maior colégio eleitoral do Estado  e sedia os principais canais de Rádio e TV e vários veículos de comunicação.

 

Ajudaria muito, também, se Carlesse conseguir somar a isso o prefeito eleito da Capital, agora em 2020.

 

Por sua vez, a prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro vem montando cuidadosamente seu palanque e seu grupo político, que também procura a  formação de uma base sólida para 2022.

 

Os dois lados sabem que as eleições de 2020 serão uma espécie de “primeiro turno” das eleições de 2022 e o candidato que tiver o prefeito eleito de Palmas, em 2020, terão meio caminho andado para a vitória, pois a “caneta azul” e o Diário Oficial” são grandes cabos eleitorais, senão os melhores.

 

“DUAS ARQUIBANCADAS”

O governo do Estado tem a maior estrutura política pública  em Palmas, com milhares de cargos de chefia, assessoramento, e outras funções importantes em dezenas de setores, principalmente na educação. O problema é que centenas desses cargos não estão em “mãos amigas”.  Bastaria usar a máxima citada acima, sobre Pedro Ludovico e Antônio Carlos Magalhães para resolver.

 

A questão é que Carlesse, mesmo quando teve todos os motivos do mundo, nunca usou desse artifício e, mesmo agora que será vital eleger seu candidato ao governo de Palmas, não é de sua índole apelar para tais situações de forma tão aberta.

 

Mas é certo que algum ajusta será feito e, aqueles que não quiserem estar em seu palanque, devem, por dever moral, entregar seus cargos e assumir seus posicionamentos políticos.

 

CINTHIA RIBEIRO

Calcula-se que, logo após as festas de fim de ano, a prefeita de Palmas deverá começar a se utilizar da mesma prática, de oferecer a “porta da rua” a quem não estiver disposto a sentar em sua arquibancada e ocupar algum cargo de chefia, principalmente os aliados aos membros da Câmara Municipal.  Ou está totalmente ao seu lado, ou é adversário político.

 

Um exemplo disso é o governo de Goiás, que encaminhou um Projeto de Lei sobre a reforma na estrutura do Estado e quatro deputados que eram da sua base votaram contra.  O Projeto foi aprovado com folga, dias depois, o governador Ronaldo Caiado exonerou todos os indicados pelos quatro deputados rebeldes.  Dentre esses indicados, havia mães, irmão e esposas desses parlamentares e ninguém recebeu tratamento diferente e nem o cargo de volta.

 

PONTO FINAL

Cinthia Ribeiro deverá fazer um ajuste em sua equipe de auxiliares para a formação de um governo de coalizão.

 

Tanto Cinthia quanto Carlesse, caso queiram sucesso nas eleições municipais de 2020 terão que usar, de alguma forma, radical ou sutil, a receita deixada do Pedro Ludovico e por Antônio Carlos Magalhães, sob o risco de manter em suas equipes, pessoas envolvidas com seus principais adversários políticos.

 

O resultado dessa situação, para ambos, pode ser  o fracasso político nas eleições majoritárias de 2022.

 

O recado está claro.

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Fonte oparalelo13
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